Dead Kennedys | Well Paid Scientist
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um velho dito da
esquerdar marxista, nunca seguido por quaisquer marxistas que realmente
assumissem o poder de estado, era de que a emancipação da classe trabalhadora
era tarefa da própria classe trabalhadora.
a nova esquerda dos
anos 60 tinha feito fortes questionamentos à guerra, ao racismo, ao sexismo, à
homofobia e a toda uma série de doenças modernas. o vazio e a banalidade da
própria sociedade afluente foram rejeitadas por grande parte da contracultura,
a ala mais politizada tratou da distância entre pobres e ricos.
redesenho e
reurbanização das cidades (decadência e abandono dos centros, seguido de
especulação e gentrificação desmedidas. 1970. toyotismo: aceleração da produção
e descentralização do poder dos trabalhadores. o sindicalismo foi incapaz de
questionar os rumos das tecnologia e a divisão do trabalho, neste sentido, as
negociações se dariam cada vez mais nos termos dos patrões. esforço para
sindicalizar a vasta força de trabalho não filiada. redução na sindicalização e
crescimento da precarização. as pessoas tem muitas vezes vários empregos e
jornadas cada vez mais longas para manter seus padrões de vida. o futuro é
incerto. vários programas ineficazes para “retreinar” trabalhadores que
perderam seus postos foram passando, enquanto o fardo de melhorar suas
habilidades e se submeter a aprendizagem “continuada” passou aos indivíduos –
não para seu próprio aperfeiçoamento, mas apenas para acompanhar o ritmo das
demandas do capital, em rápida mudança. degradação do trabalho. como
trabalhador individual, há pouco espaço para a autonomia, para um ritmo humano,
para valores e necessidades que não sejam medidos pelos lucros da empresa por
remuneração. a economia high tech que proclama sua necessidades de
trabalhadores especializados depende de imensas quantidades de trabalho
altamente regulado, simplificado, repetitivo, que exige muito pouca
especialização (muitas tarefas podem ser aprendidas em uma hora ou duas,
tornando os trabalhadores facilmente substituíveis). robôs industriais são
aplicados a alguns desses empregos, mas a expansão do trabalho fabril que
entorpece a mente e maltrata o corpo para atender a redes globais de produção
de consumo não dá sinais de diminuir. economia insegura e flexível que escapa à
lógica do sindicalismo – acordos contratuais duradouros e unidades de
negociação de trabalhadores. as memórias históricas das comunidades que tinham
se organizado e resistido à exploração capitalista também está se perdendo.
movimentos populares, com memórias de seu próprio poder político baseado em
ação coletiva, encolheram à medida que bases de locais de trabalho e bairro
foram retirados deles. desagregação de locais de trabalho, decomposição da
classe trabalhadora, processo de desintegração social e econômica.
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A vida cotidiana nunca
corresponde ao mundo imaginário, editado e higienizado que vemos na TV. Ceticismo
e desconfiança totais são alimentados por uma dieta constante de crimes de
guerras por parte do executivo, fraudes empresarias massivas e rotineiras e um
ambiente físico em visível decadência – talvez em processo de morte (para o qual
sempre há uma impressionante panaceia tecnológica a caminho). As contradições
visíveis estão isolando pessoas que vivem na margem precária, mas as de classe
média, supostamente confortáveis, enfrentam a mesma desconexão entre a vida
como é representada e a vida como é vivida.