8.1.19

vida precária


O discurso nos faz uma reivindicação ética precisamente porque, antes da fala, algo nos é dito. De forma simples, e talvez não exatamente como Levinas pretendia, somos primeiro dirigidos, reportados por um Outro, antes mesmo que assumamos a linguagem para nós.

Ser submetido ao discurso é, já de início, ser despido de vontades e sentir esta privação como a base de sua própria situação ao discurso.

Se o pensamento crítico tem algo a dizer sobre ou para a presente situação, pode muito bem sê-lo no domínio da representação, no qual humanização e desumanização ocorrem sem cessar.

J. B.