9.8.22

Die deutsche ideologie


Na grande indústria e na concorrência, todas as condições de existência, as determinações e as limitações dos indivíduos se fundem nas duas formas mais simples: propriedade privada e trabalho. Com o dinheiro, qualquer tipo de troca e a própria troca aparecem para os indivíduos como acidentais. É pois da própria natureza do dinheiro que todas as relações até então tenham sido somente relações dos indivíduos que viviam em determinadas condições, e não relações entre indivíduos enquanto indivíduos. Essas condições reduzem-se agora a apenas duas: trabalho acumulado ou propriedade privada de um lado, trabalho real do outro lado. Se uma dessas condições desaparece, a troca é interrompida. Os próprios economistas modernos, Sismondi, por exemplo, Cherbuliez etc. opõem l'association des individus à l'association des capitaux. Por outro lado, os próprios indivíduos são completamente subordinados à divisão do trabalho e por isso mesmo colocados em dependência dos outros. Na medida em que, dentro do trabalho, ela se opõe ao trabalho, a propriedade privada nasce e se desenvolve por força da necessidade da acumulação e contínua, no início, a conservar a forma da comunidade, para se aproximar no entanto, cada vez mais, da forma moderna da propriedade privada em seu desenvolvimento posterior. De início a divisão do trabalho inclui também a divisão das condições de trabalho, instrumentos e materiais e, com essa divisão, o fracionamento do capital acumulado entre diversos proprietários e, em seguida, o fracionamento entre capital e trabalho, bem como as diversas formas da propriedade. Quanto mais a divisão do trabalho se aperfeiçoa, mais a acumulação aumenta e mais esse fracionamento se acentua também de maneira marcante. O próprio trabalho só pode subsistir sob condição desse fracionamento.

Karl Marx
e Friedrich Engels