14.5.07

[Glauco Mattoso]

Porra! Glauco Mattoso na Universidade Federal do Paraná, que tesão! Lembro-me, como se fosse ontem, meu primeiro contato com a poesia desse maldito. Marginal. Chupador de pé. A culpada foi a professora Raquel que, na disciplina de Literatura Brasileria IV - poesia contemporânea - sugeriu-me a apresentação de um seminário (por que não?) da poesia do Glauco. Já de cara ela me passou um livro organizado por Augusto Massi, Artes e ofícios da poesia. Lá tinha alguns poemas. Li. Gostei. Muito mais, tornei-me um admirador e amigo virtual do poeta. Até ganhei revistas em quadrinhos e um livro fora de catálogo dele.
E agora, dia 17 de maio, às 10:30h da manhã, no anfiteatro 1000 UFPR, Glauco Mattoso estará marcando presença. É aguardar.
Porra! Literatura!


SPIK (SIC) TUPINIK [1977]

(para Paulo Veríssimo)

Rebel without a cause, vômito do mito
da nova nova nova nova geração,
cuspo no prato e janto junto com palmito
o baioque (o forrock, o rockixe), o rockão.
Receito a seita de quem samba e roquenrola:
Babo, Bob, pop, pipoca, cornflake;
take a cocktail de coco com cocacola,
de whisky e estricnina make a milkshake.
Tem híbridos morfemas a língua que falo,
meio nega-bacana, chiquita-maluca;
no rolo embananado me embolo, me embalo,
soluço - hic - e desligo - clic - a cuca.

Sou luxo, chulo e chic, caçula e cacique.
I am a tupinik, eu falo em tupinik.