CORAÇÃO CABEÇA ESTÔMAGO
Vamos proletar? Que palavrinha mais encardida. Aliás, têm uns caras filósofo, uns caras critico que vou contar, escrevem tudo rebuscado, no pedantismo das idéias que o que eles tão fazendo é ficar mais pra lá de preocupados em mexer no léxico, perambular na sintaxe complicada diante da qual ficamos um bocado de tempo tentando apreender os sistema cerebral das frases, que sô!. Do texto então tão, leva anos pra digerir tudo aquilo que, no devir palatal: vira um bolo só. Fecal. Chega a ser uma caretice danada. Além do que: baita moleza mental (olha o empirismo aí, aquém & além). Imagine, agora. Eu queria começar a escrever uma resenha sobre um livro de contos que já li & reli. Livro esse que tudo indica, tá lá, na cara, no rosto da capa. Com art que diz e não diz e que entretanto diz que aquilo não é: real. Poderia começar pelo título perspicaz, que faz o leitor correr no periclitante, óia lá. Poderiamos também recomeçar pela lambida sacana da linguagem que me arremete (xeque mate), direta ou indiretamente, ao Encarniçado. FILHO, João. SP: Baleia, 2004; ou, porque, a blague principiou lá, no título do dito cujo objeto o qual não é objeto (sexual?), não, porém emana numa pinturinha: simulacro. Saca? Após de originar e puxá que puxa as palavras, pegar pelo rabo do fio esgarçado e dizer, como nos contos, aquilo que é e que não é. Numa cambalhota iupêêêêê! irônica: cheia de gente urbana com um q zkizitu.
Porém, como não entendo da coisa alguma, digo, da coisa em si; não tive a honra das aulas com o professor que assim sim isto é uma resenha ensinando para o anfiteatro abarrotado de estudantes de jornalismo com notinha no alto da folha; fica insultador tentar, sistematica & fundamentalmente, bulir as ideáis. Distrinchar as narrativas. Escandir os parágrafos. Mas a escanção não se atrela não à aplicação dos versos?, perguntarão eles. Sempre perguntarão.
Poderia. Não, tem de ser em 3º pessoa, como se na parceria, mano. Então ok, jóia: poderíamos escrever espontâneamente, corporalmente no ritmo do jáz u que váládá: um Burroughs, um Kerouac? Como o 3x puta – pra me alembrar o Graciliano, não no mesmo ton – puta texto do Ivan. Como?: juntando os caquinhos de cada surto - impulso, flux... Quem - que coisa nostra - é o ditador das regras de como é que se escreve-se?
Eu bem que poderia trabalhar nessa resenha. Praticar = é assim que se pensa, brother = aerobizar na coerência, arejar as idéias do quarto e, no mais mas, nunca ir na pro lix dade do hermetismo atômico. Mas vou adiarmos, por hoje. Ai ai ai que preguiça!