12.6.08

[O existencialismo é um humanismo: zera a reza!]

[Jean Paul Sartre em sua casa, de Jean Marquis, 1960]


Meu querido amigo Otávio agora deu pra ler São Tomáz de Aquino, vou deixar bem claro que se der uma de Wagner, virando cristão azedo, terei de descer a marretada nietzscheana em sua cabeça, ou belém belém, tô de mal até o ano que vem. Mas quando leio os seus textos, vejo que o bicho continua bonachão - coisa que dificilmente algum cristão seria -, mangando com seus alvos centrados para os quais dispara sua metralhadora de bom humor. E nem Sartre é perdoado.


O existencialismo é um humanismo: zera a reza!


Sartre nosso que estais na estante
Citado seja o vosso nome

Venha a nós os vossos livros
Seja feita a liberdade
Assim no Ser como no Nada

O ser-aí de cada dia
Nos dasein hoje

Perdoai-nos as nossas paródias
Assim como nós perdoamos
A quem nos tem par-odiado

E não nos deixeis cair em angústia
Mas livrai-nos da náusea. Amém

[Otávio Luiz Kajevski]