pé na estrada
cheguei na biela da Kombi guinchando a mercadoria dentro da hora e do local marcado: num galpão redondo com telhas enferrujadas e portões imensos. imponentes nos quilos de ferro de aço, às 10 horas de céu gripado no pátio tuberculoso. urubus sobre os muros jaziam indomáveis. estacionei a caranga. puxei o freio de mão. as rodas fizeram um barulinho no atrito com o asfalto.
na beira, a um tanto de metros, um rio contornava o território.
mexi no canivete, guardei as chaves. acendi um cigarro. peguei o pacote embrulhado com fita isolante. dei a volta pela construção. uma porta marrom se abriu.
a mercadoria devia ser entregue
e o dinheiro pego.