[...]
Vendo para dentro de si, como para o fundo de um mar prodigioso, ele domina com o olhar perscrutante, inquieto, que apanha de pronto as situações a maravilhosa ductilidade das mulheres, vendo também perfeita singularidade o que se dá dentro delas, as suas inquietudes, as suas impaciências, os seus receios, os seus caprichos inesperados, as suas volubilidades doentes e curiosas, as suas resoluções bruscas, os seus ímpetos de leoa, os seus momentos horríveis de crise hiper-histérica sem causa determinada, sem assinalamentos de origem, mas assoberbantes, convulsos e que de repente cessam como vieram, para tornarem ainda, mais desabridos e persistentes.
[Cruz e Souza, 1861 - 1898]