19.11.14

prefácio

[haruka-k]

[...]

Os partidários da linha dura, ditadura de certeza, fazem do pensamento uma força de negação da história. Lógica de cafetão, totem do capital, macho-totem.

Os navegantes das linhas de fuga, tribo da incerteza, fazem do pensamento uma "potência nômade", engrenagem de "máquina de guerra". Guerra que é necessariamente vitoriosa pois que é a afirmação dos deslocamentos da história. Isto é irremediável e não tem nada a ver com progresso, tampouco com cafetões. Não há nada de mais sublime no humano do que sua desnaturação. Seu "devir mulher". O movimento é sempre contra-corrente, contra-sentido, contra-cultura, contra-natureza. Movimento de homens desnaturados. Potência desnaturante.

S. R.