12.12.17

As palavras


Um dos pontos de reflexão de minhas leituras são as modalidades de violência: a miséria, a pobreza, a exploração, a submissão, a servidão, a dominação e a alienação.

Pois nunca podemos esquecer que para existir um capitalista deve haver um trabalhador sobre o qual se impõe a exploração. Assim vale para a existência de um "soberano": a quem impor um comando?

Sartre, em sua história de formação, sintetizou, como uma forma de saída, o que eu penso:

"Não sou chefe, nem aspiro a vir a sê-lo. Comandar e obedecer dão no mesmo. O mais autoritário comanda em nome do outro, de um parasita sagrado e transmite as abstratas violências de que padece. Jamais em minha vida dei ordens sem rir, sem fazer rir; é porque não estou roído pelo cancro do poder: não me ensinaram a obediência."