boca do lixo

As pessoas têm de parar para pensar - nem que seja durante um minuto ao dia - no que elas estão reproduzindo, a começar pelas "palavras cantadas".

O problema em nossa sociedade, por exemplo, não é um escroto, um palerma da escória da raça humana, desinformado, um merdão ganhar espaço para pregar o seu pensamento conservador, retrógado e reaça (merducho há em tudo quanto é canto em todas as classes), mas a sua audiência, pois será ela, como araras bêbadas, que reproduzirá os discursos medíocres consciente e inconscientemente como se fossem pesquisas muito bem embasadas.

A audiência é o x do problema. É ela, essa parcela despolitizada, sem consciência histórica, sem leitura do mundo, enfim, descerebrada que reproduz as aberrações éticas. Discursos que se transformam em comportamentos e até mesmo costumes dentro das instituições oficiais. Esse é o grande problema de nossa sociedade colonizada. 

A decadência social começa pelas palavras, o não-pensamento passa a ser disseminado e termina no emprego precarizado de trabalhadores mudos, que não irão reivindicar melhores postos de trabalho. É um ciclo sem fim que só tende a piorar neste país de fascistas que odeia tudo quanto é criação, pensamento dialético, contestação e organização.