A cidade linda e amorosa nunca foi nada em termos de planeta. E mesmo assim, para voltar a ter algum significado no mapa brasileiro, precisou alimentar um golpe de estado. A população lobotomizada pelos meios de comunicação de massa tinha como um único método bater panela da sacada e buzinar. Tão idiotizada quanto seus programas televisivos. Os telespectadores assistiram o golpe orquestrado por uma força-tarefa antidemocrática. Aplaudiram, reproduziram na rede social dos fascistas power point de ensino médio, saíram às ruas fantasiados de torcedores, o que nada mais são, convenhamos. Era lógico que uma cidade tediosa como Curitiba precisava voltar a ser vista por meio da hipocrisia. Criação por aqui passa longe. Para quebrar o gelo e botar mais lenha na alienação foi preciso criar o núcleo dos golpistas dentro da "cidade modelo". Modelo este para bandidos, evidentemente. O pacote do seriado estava criado. Era o presente para os telespectadores passivos-agressivos. Esses cãezinhos que latem na rede virtual.