6.6.20

Educação domesticadora

Miguel Brieva

O que eu quero dizer com educação e o que o Estado quer dizer são duas coisas completamente distintas. A educação desenvolvida pelo Estado tem âmbito moral-disciplinador. Vela por números e não preza o conhecimento mais radicalmente contestatário e científico. Professor não pode ter espírito crítico. O Estado busca (ajudado por seus professores-policiais, por suas pedagogas cristofascistas, e por seus diretores cripto-nazis) a disciplina, o pensamento maniqueísta do senso-comum, a decoreba, a uniformização, a obediência. Uma rotina burocratizada. O Estado não tem em seu interesse (praticamente privado) a capacitação de pessoas críticas ou a formação de livre-pensadores, mas a manutenção do esquecimento povoado pela mediocridade da propaganda. O Estado defende uma educação moral habitualmente encontrada em círculos religiosos o que acarreta tragicamente para a dissolução de preconceitos pequenos-burgueses e a formação de consumidores irracionais.