Cartoon de Miguel Brieva
Ensina mundo, em sua ágil linguagem icônica e metonímica: na telinha, o mapa-múndi humano, natural e artificial, é composto e recomposto continuamente, através da chuva de elétrons coloridos projetados na face interna do seu olho cinescópico, vindos de algum portentoso cérebro, visível e invisível a um só tempo, a que chamamos Terra. Trata-se, contudo, de uma educação compromissada e comprometida com a sociedade de mercado e de consumo; à televisão comercial só interessa o homem enquanto consumidor e não enquanto agente social. Sua própria linguagem busca sempre acomodar-se ao timing agilíssimo de seus comerciais e jingles; extraiam-se os comerciais de uma programação normal e toda a engrenagem desanda, fora de ritmo e compasso.
Décio Pignatari
1927 - 2012
