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Prefácio

O festival de besteiras assolava o país há tempos, mas a chegada do militares ao poder em 1964 dava tremendo gás ao quesito - que, assim como o samba, a prontidão e outras bossas, sempre foi coisa nossa. A coleção de crônicas de Garoto linha dura, lançada no final daquele ano, vibrava a primeira estocada de Sergio Porto, através de seu cambono Stanislaw Ponte Preta, nos responsáveis pela "redentora". Depois viria a série Febeapá, documento definitivo do período, e que infelizmente parou no terceiro livro porque Lalau morreu em 1968. A besteirada apenas começava a radicalizar. Garoto linha dura, com o traço cúmplice de Jaguar, foi a primeira carga de artilharia do jornalista contra o inimigo de sempre - a estupidez dos poderosos, a falta de liberdade -, tudo agora travestido de verde oliva. A arma era uma Remington portátil. O estilo, aquele sem afetações, tentando reproduzir o coloquial das conversas de rua. As balas, um punhado de palavras simples, carregadas de bom humor crítico. Joaquim Ferreira do Santos [...] Não é preciso ser um Sherlock Holmes para saber que tem burro às pampas na televisão. O gênio da tv.