15.3.21

Bibliografia

Editora Record | 2001

O pioneirismo de Como eles agiam consiste na exploração, feita pela primeira vez, de um arquivo de documentos oficiais, procedentes de órgãos do governo, principalmente daqueles diretamente envolvidos com a repressão às organizações da esquerda armada. (...) Neste livro, o historiador faz o levantamento, cuidadosamente reconstituído, do processo de formação de uma estrutura policial-burocrática-totalitária, promovida pelos altos comandos militares, para tarefas de espionagem, informação e realização de operações policiais, concentradas na captura e interrogatório de oponentes do regime, incluindo a tortura sistemática entre seus métodos. Do texto resulta a conclusão de que nunca houve, na história do Brasil, um aparelho estatal tão ramificado e rico de recursos a serviços dos setores sociais e políticos de extrema direita.

Para Comissão Nacional da Verdade, conforme o senso comum, vítimas da ditadura são as pessoas que foram presas e torturadas. Nós temos que fazer um esforço, na historiografia pelo menos, [...] de inserir no rol das vítimas pessoas comuns. Muitas delas, como exemplifiquei, nem sabem que foram prejudicadas na carreira, ou isso não significa ser vítima? Vítima é só quem foi preso e torturado?