Nenhuma perturbação social é capaz de afetar profundamente o brasileiro.
Os intelectuais brasileiros, os academicistas sofrem de impotência para chamar à insubordinação mesmo no momento onde a falação de merda e a desigualdade econômica dominam o cenário de auditório na política.
A burguesia acadêmica é a classe conformista de que necessita a elite do atraso.
Em outra mão, as manifestações identitárias estão fortemente ancoradas em convicções religiosas e particularistas, transformadas em pautas morais para atiçar as massas na hora da eleição.
E ao todo nenhuma cidade brasileira deixou de ser teológica, a religião não desaparece do Estado e não irá desaparecer nunca, não há benefícios para a laicidade, nem mesmo a educação universal dá conta dessa prática, pois ela reproduz em seu corpo todas as crenças, mistificações e preconceitos possíveis e não há um signo de igualdade a ser consagrado no tecido social. Apenas uma minoria muito perversa e mau caráter prospera e preserva seus privilégios como se fossem heranças divinas.
Não há futuro promissor na periferia do capitalismo.