[Mai 68]
Nós combatemos porque nos recusamos a nos tornarmos:
- professores a serviço da seleção no ensino, de que os filhos da classe operária são as vítimas,
- sociólogos fabricantes de slogans para as campanhas eleitorais governamentais,
- psicólogos encarregados de fazer "funcionar" as "equipes" de trabalhadores "segundo os melhores interesses dos patrões",
- cientistas cujo trabalho de pesquisa será utilizado segundo os interesses exclusivos da economia do lucro. Nós recusamos este futuro de "cães de guarda". Nós recusamos os cursos que nos ensinam a nos tornarmos isso. Recusamos os exames e os títulos que recompensam os que aceitam entrar no sistema. Nós nos recusamos a melhorar a universidade burguesa. Nós queremos transformá-la radicalmente a fim de que agora em diante ela forme intelectuais que lutem ao lado dos trabalhadores e não contra eles."
Olgaria Matos | Paris 1968:
As barricadas do desejo