18.3.24

Man and the natural world

 

In the eighteenth century the domestic cat established itself as a creature to be cosseted and cherished for its companionship. 

The first cat show was in 1871. 


In the Middle Ages cats were kept in houses for protection against rats and mice. Only occasionally do they appear as companions and objects of affection, as in the ninth-century poem by an Irish monk about his cat, Pangur Ban, or the fifteenth-century tomb at Old Cleeve, Somerset, which shows a man with his feet resting on a cat, which in turn has its paws resting on a mouse. Many householders deliberately refrained from feeding them, so as to ensure that they had an incentive to hunt.

Keith Thomas

Privileged species


An Englishman, thought John Bunyan, would rather go for a walk with a dog than with a Christian.

Brasil: colônia fascista


A xucrada brasileira não sabe quem a polícia mata e fica excitada nas redes sociais. Só para ter uma ideia, fuzil é o slogan do sucessor do miliciano fundamentalista. E mesmo se fossem criminosos as pessoas assassinadas pelo polícia, um chefe de Estado deveria pensar em destruir as condições sociais que produzem a criminalidade e não fomentar mais a violência.

17.3.24

Habitação no terceiro mundo

A desigualdade sócio-espacial é visível nas obras de casas populares. O projeto da elite do atraso desenha o lugar da plebe (outra demarcação mística?), compartimentando-a em lotes minúsculos. No terceiro mundo, não existe comprometimento com habitação de qualidade. Programas de moradia popular são inevitavelmente horrorosos.


History


Em 1809, Lorde Erskine propôs uma moção parlamentar contra a crueldade com os animais: 

I cannot be 
Unkind, t'a beast that loveth me.

16.3.24

Cidadã provinciana


Os eventos simbólicos na periferia do capitalismo não têm fim. O teatrinho bíblico da ralé com grana simboliza a linha de demarcação mística que conota a cultura servil entre os dominantes e os dominados. A representante do cristofascismo será a Barbie da burguesia paulistana que é vidrada na falação de merda da familícia.

Teocracia

Geraldo Alckmin esteve de prosa com pastores evangélicos. Ele escreveu ainda que as cumunidades de gêzuiz confortam sobre amor e acolhimento. Eu fiquei emocionado com as palavras do médico.

No entanto, o espancador de estudantes deve estar a sofrer de amnésia. Esqueceu de todo apoio massivo dos Neandercostais à ascensão e proteção de um governo de gestão miliciana composto por faladores de merda, por falsificadores da história e por soldados de cristo anti-ciência.

Lá dentro da cabecinha de classe dominante da periferia do capitalismo, o vice-presidente deve imaginar que traficantes evangélicos são melhores que outros traficantes cristãos. É muito deus no coração.

Estado Laico é um conceito absolutamente ilusório na periferia do capitalismo.


Mundo subterrâneo de Bella Baxter


Dois aspectos fortíssimos na periferia do capitalismo: linha de demarcação mística e desresponsabilização do sujeito do poder.

Não há pensamento decolonial nenhum na periferia do capitalismo.

As pessoas são produtos de um trabalho social de nominação e de inculcação. Não há nada de gratuito mas cálculo racional que se inscreve na natureza biológica e se torna habitus.

As mulheres custam a perceber que há um trabalho de socialização que as diminui e as nega: as prostitui. Vítimas e prisioneiras da representação dominante.

Embargo


Se o petróleo brasileiro está a ser utilizado pelo governo de Benjamin Netanyahu para abastecer seus aviões e tanques, logo o Brasil é diretamente cúmplice no apoio ao genocídio palestino.

Bullshit jobs


Emprego na periferia do capitalismo significa submissão prolongada às regularidades escravocratas, às regras da economia periférica e às regras de bens simbólicos, é o princípio do sistema de estratégias de reprodução pelas quais os homens, detentores do monopólio dos instrumentos de produção e de reprodução do capital, visam a assegurar a conservação ou o aumento deste capital: estratégias de fecundidade, estratégias sexuais, estratégias educativas, estratégias econômicas, estratégias de sucessão, todas elas orientadas no sentido de transmissão dos poderes e dos privilégios herdados. Não há pensamento decolonial nenhum.

Sociedade sem ideal


Somente os funcionários parasitas, os aduladores e as prostitutas têm apreço à elite do atraso. O brasileiro faz qualquer negócio mal feito por dinheiro e status social para manter a sua condição miserável no latifúndio.

Sociedade brasileira subdesenvolvida, ainda mais as regiões provincianas, privilegia a elite do atraso e todas as práticas direta e indiretamente orientadas para a reprodução do capital social e do capital simbólico. Encargo que se estende a todos os ambientes. Vence apenas uma classe com o apoio de homens e mulheres subalternas. Não há história sendo escrita. Mas reprodução da desigualdade. Em todas as esferas. 

Nosso Gramsci


Antonio Gramsci escreveu em 1921 um artigo intitulado O povo macaco.

Gramsci não cresceu na periferia do capitalismo. Podemos imaginar o que ele escreveria a respeito.

Mundo subterrâneo de Bella Baxter


A lógica mítico-ritual privilegia a intervenção masculina em todos os espaços, sempre enfatizando a mulher como mero objeto de troca. A dissimetria é, pois, radical entre os homens, sujeitos e as mulheres, simples objetos.

Mas há uma colaboração da "ala feminista" ou seria um ponto que a consciência das mulheres estaria ignorando ou os esquemas de percepção são mais fortes do que aparentam? Ainda vale tudo por dinheiro, traição, status social, carros, cocaína, álcool, prostituição? Vejo que está inscrito duradouramente nos corpos dóceis. Nenhuma sociedade ideal e moderna pode ser construída sob esse escopo.

Aos homens da elite do atraso todas as benesses, todo o monopólio de todas as atividades, públicas e privadas, de "educação" e de representação e em particular de todas as trocas de honra e, a cereja do bolo, trocas de mulheres.

Há toda uma gama de signos de comunicação que são instrumentos de dominação e com a qual as mulheres aceitam. Os homens da elite do atraso não lucram apenas economicamente mas simbolicamente. 

No "mundo social" vencem as estruturas técnicos-míticas. E não há luta de classes nenhuma nem para superá-las, quanto mais para destrui-las. 

Mundo subterrâneo de Bella Baxter


Enquanto nos EUA o mercado da cannabis fatura bilhões, na periferia do capitalismo ainda impera o mercado de bens simbólicos cuja lei fundamental é que as mulheres nele sejam tratadas como objetos que circulam de baixo para cima.

E chega a ser pior, porque o brasileiro resolveu voltar à escravidão com o projeto político da elite do atraso das escolas militarizadas. 

Por que não me ufano

A classe dominante brasileira, apoiada por um povo completamente carente de instrução e de leitura da história, se especializou em cretinismo estatal. O Estado tornou-se política pura e das mais rasteiras e sujas e um meio de parasitismo. Depois de corromper a mentalidade da população, a burguesia corrompe e destrói todas as outras instituições, principalmente a educação. É nesse contexto que se sabe que o povo não faz história.


Il nostro Marx


Marx significa a entrada da inteligência na história da humanidade, significa o reino da consciência.

15.3.24

Dialética da escola-prisão


A escola militarizada seguirá trabalhando com a velha epistemologia e irá servir para endossar o regime patriarco-colonial.

Por que não me ufano


O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU colocou o Brasil no 89º lugar entre quase 200 países. A alfabetização também é um dos indicadores de comparação. O bem estar da população brasileira está muito longe.

14.3.24

Aos fatos


André Mendonça virou advogado da narcomilícia evangélica. Os evangélicos são base vital para a extrema direita. 

Os evangélicos apoiaram o miliciano fundamentalista que defende a tortura; os evangélicos defendem quatro armas para cada um e defendem a guerra civil.

Os evangélicos apoiaram o miliciano que discrimina índios e mulheres. Os evangélicos se dizem comprometidos com a verdade, e apoiaram a mentira e fake news como instrumento de ação política.

Os evangélicos apoiaram a falação de merda como argumento político e o estupro de opositores políticos.

E os evangélicos continuam apoiando o miliciano inelegível. Não há nada de preconceituoso, mas muito pelo contrário, tudo isso já é pós-conceito.

Por que não me ufano


A sociedade de gente de letras não é considerada como um fator de potencialização realizadora, de evolução de nosso poder cognoscitivo e de proliferação de uma criatividade múltipla. A cultura na periferia do capitalismo é de baixa densidade.

13.3.24

Qu'est-ce la littérature?

 

A arte da prosa é solidária do único regime em que a prosa conserva um sentido: a democracia. Quando uma é ameaçada, a outra o é também.

Jean-Paul Sartre
1905 - 1980

Por que não me ufano


Brasil é um país de baixa pressão literária. A população não foi alfabetizada em termos de conhecimento histórico e científico, não é economicamente forte e não é nada influente politicamente. Trocando em miúdos, é um país de analfabetos.

Paraná é de Gêzuiz


O vídeo da "palestra" online da Silvana Avelar sobre "o que é ser uma mulher aos olhos de deus" é o exemplo cabal da alienação e despolitização no sistema de educação. Puro proselitismo religioso e falação de merda.

Por que não me ufano


A consciência do brasileiro é dominada, fragmentada, contraditória e oprimida.

A crise da cultura literária no Brasil pós-64


O aparelho educacional tem se constituído, de forma quase absoluta, para os racionalmente inferiorizados, como fonte de múltiplos processos de aniquilamento da capacidade cognitiva e da confiança intelectual.

S. C.

Já na ditadura de 1964, pensou-se na modernização sem povo e sem cultura. Os intelectuais naquela ocasião foram tratados como perniciosos. Vários professores e cientistas tiveram que emigrar, processando-se inesperado e paradoxal brain-dain de uma economia periférica.

O governo pós-64, além da castração do desejo, procurou esterilizar o ambiente cultural, como se estivesse empenhado na devastação do ecossistema da literatura.

A revolução cultural comandada pelo poder pós-64 procurou atar a realização intelectual ao mercado. As universidades e o ensino de modo geral foram perpassados pelo pragmatismo da eficiência produtiva, da Contabilidade Social, de tal sorte que as cifras de crescimento econômico se tornaram prioritárias a toda e qualquer formação de relevo humanístico.

Os cursos de Letras e de Ciências Sociais foram afetados pela carência de recursos e de apoio, para que fabricasse o novo homo braziliensis, de corte epicurista, um sub-produto do consumismo internacional.

O cidadão brasileiro, modernizado pela informática e pela parafernália das técnicas de comunicação, foi sendo esvaziado de suas aspirações reflexivas ou emotivas.

Muitos escritores autênticos ficaram submetidos a uma sujeição vexatória, pois a indústria cultural funcionou em harmonia com a ditadura, atirando uma cultura banalizada sobre a massa amorfa e banindo as expectativas favoráveis a uma produção local.

Tanto a excitação dos desejos do público, quanto o atendimento das necessidades deste foram previstos tão-somente para que o brasileiro cumprisse as suas básicas funções de animais, de tal sorte que o sonho de riqueza do homem comum inclui apenas a capacidade de morar, vestir e comer bem. Nenhum bem cultural se admite na cesta-base do consumo conspícuo.

O homo braziliensis reproduzido pela máquina modernizadora do governo pós-64 ficou vazio de interesses culturais. Bibliotecas, exposições de arte, espetáculos de dança, teatro, produção massiva de livros e revistas, enfim, todas as formas de refinamento da expressão artística não foram mantidas no horizonte de aspirações públicas como prioritárias, segundo o planejamento socioeconômico posto em execução. Na verdade, sequer constaram como atividades suplementares. Foram deslocadas para significar meramente formas ornamentais da vida.

Extraída a dimensão política do cidadão, pouco restou para a área estética da cultura. Retirado ao cidadão o acesso à consciência de si, ele ficou encarcerado, sem força objetiva para se libertar, pois somente na prática política a sua consciência se desdobraria em ação libertadora.

É uma tradição em nossa cultura nacional que o espaço político seja defeso ao cidadão, pois a instância associativa é propositadamente erigida sobre um cipoal de condições que tornam mera abstração o esforço de emancipação ou de militância política.

O que pode fazer o escritor durante os anos de repressão foi produzir uma revanche intelectual, uma espécie de fuga ou de má consciência, enquanto o brasileiro, na sua qualidade de trabalhador, ia sendo paulatinamente devolvido à esfera da escravidão. Continuou escravo como etimologicamente se entende a palavra: sob "clava", debaixo de ferro, sem meio de aspirar à liberdade, emparedado entre as condições irremovíveis, diante da opacidade do caminho emancipador. Está imóvel entre ser consciente e ser prisioneiro, adotando no máximo uma consciência estática, pois desprovida de ação.

Tudo corresponde a um plano global de despolitizar o homem brasileiro e retirar-lhe a consciência de seus direitos de cidadania.

A ditadura pós-64 preocupou-se em construir muita coisa, mas não deixou o Brasil crescer no sentido cultural.

A cultura, rebaixada a indústria, empurra a obra literária para os mecanismos de sucessibilidade, de permutabilidade e de transitoriedade, de tal modo que ela se vê prisioneira de uma sarabanda em que tudo é perecível. Ficou, assim, sufocada a velha aspiração de se eternizarem na história dos povos os instantes de plenitude.

Assistimos, no terreno da cultura literária, a um constante deslocamento para a insignificância. Os próprios veículo de comunicação de massa colaboram com isto. A mística da novidade mata todo e qualquer esforço de atualização e releitura do passado literário.

Criou-se, em substituição à aura que acompanhava o texto literário, um sucedâneo publicitário de excitação da massa semi-letrada, uma estridência que se manifesta nas listas de vendagens. O saber vulgar, transformado em opinião pública, serve de padrão avaliador do trabalho artístico.

Vivemos, ainda neste momento, a era da cultura como fanfarra, um subproduto da cultura gramaticalizada, ou seja, da sociedade hipercodificada, comprimida nos princípios da ordem, das normas e das regras, fundada em metatextos, leis, manuais. Isto significa que ficou longe da cultura textualizada, isto é, daquela baseada nos textos em que o mundo e a história se dão a conhecer.

A condição de escravo não se define apenas pelo ato de obedecer, diante da imposição vexatória, mas também pela adoção de valores consagrados, que são construções ideológicas.


12.3.24

A ocupação israelita da Palestina


Ethnic cleasing is considering crime against humanity by International Criminal Court.

Israel continua sem condenação de crime contra a humanidade. E os meios de comunicação não reconhecem suas políticas criminosas.

Necropolítica

Tarcísio de Freitas, o sucessor do miliciano fundamentalista, foi se encontrar com o genocida Netanyahu. Política na periferia do capitalismo é puro proselitismo.


11.3.24

Enjoy the moment

Os anúncios de prostituição ambíguos são quase infinitos nas "redes sociais". Momentos de distração são ofertados com frequência. Massagens despolitizadoras. O próprio sistema opera no conteúdo fraudulento. É a sua gramática, sua linguagem, seu sistema de significações, seus "valores" aberrantes, suas disfunções cognitivas. O sistema esta viciado.

Se o leitor olhar com a ajuda de uma lupa o aplicativo whatsApp o detetive enxergará uma rede de proxenetas, de pedofilia e a pornografia como instrumento de crescimento pessoal. 

Qualquer dia o boyfriend será surpreendido com ruído das palavrinhas caindo na caixa de mensagens: 

Sou feliz sendo prostituta. Bye.


Mundo místico


As prostitutas se identificaram com o drama de Bella Baxter.

Mundos míticos

Uma menininha inteligente diante do audiovisual de Poor Things, no mínimo se perguntaria:

É neste mundo que vou crescer?

Esta é a sociedade que os homens e as mulheres estão construindo para mim?

Devo seguir como estilo de vida tal roteiro?


Oscar


Uma conferência sobre a essência da arte seria mais enriquecedor. Os costumes de poor things foram constituídos em grande parte de escravidão, de submissão ao ambiente e de mascaramento hipócrita do animal homem.

A insinceridade psicológica, a débil expressão artística no cinema industrial matou o teatro.

As inúteis, tediosas e insinceras tiradas retóricas do cinema mundial substituíram a melhor narrativa, o melhor argumento crítico, o demônio da literatura.

A ideologia trumpista, por fim, subiu ao palco do espetáculo. O cinema de vanguarda está definitivamente morto.

10.3.24

Oscar

 

As novas gerações ficaram sem argumento.
Não há mais volta.

Oscar

O cinema matou o teatro.


Mundo subterrâneo de Bella Baxter


O colonizado do terceiro mundo está trocando remuneração por memes no whatsApp. Prostituindo-se no ambiente de trabalho, no ambiente familiar via aplicativos. As plataformas sociais reduziram a psique a memes e a encontros para prostituição. Plataformas digitais não são úteis para a construção de uma democracia substantiva e plena. A exploração alcançou níveis profundos de alienação e não há mais volta.

Sinal de arminha


Como era de se esperar a censura de um livro iniciou-se no Paraná e sua capital inaugurou uma nova onda: a dos livreiros que não tem bagagem de leitura. Praticamente todas as livrarias não possuem uma curadoria. Sebos sem leitores, genial, só podia ser uma realidade provinciana.

Poor things

Estou lendo colunista que está querendo morar no bordel sem paredes de Bella Baxter.


Retrato do Brasil


Se arrependimento houver algum dia, será preciso provavelmente esperar quatro séculos para o dominado e seus agentes míticos pedirem desculpas pelo fascismo estrutural.

A eficácia simbólica da mensagem religiosa conseguiu criar uma fronteira mágica entre os dominados (muito carentes de teoria) e os dominantes (também muito carentes de teoria). Não há método disponível para trazê-los para o lado da razão e de uma vida mais justa. Foram condicionados a aceitarem a exploração. 

Não faltam amostras da submissão diária dos dominados e a visão de mundo que os matutos adotaram para si. A máquina do epistemicídio não para um segundo. A morte da inteligência se reproduz a cada nova geração. Os dominados são os verdadeiros contribuintes da sua própria dominação.

Overkligheten

Och din generation börjar bli van


O efeito da dominação simbólica (seja ele de etnia, de gênero, de cultura, de língua etc.) se exerce não na lógica pura das consciências cognoscentes, mas através dos esquemas de percepção, de avaliação e de ação que são constitutivos dos habitus e que fundamentam, aquém das decisões da consciência e dos controles da vontade, uma relação de conhecimento profundamente obscura a ela mesma. Assim, a lógica paradoxal da dominação masculina e da submissão feminina, que se pode dizer ser, ao mesmo tempo e sem contradição, espontânea e extorquida, só pode ser compreendida se nos mantivermos atentos aos efeitos duradouros que a ordem social exerce sobre as mulheres (e os homens), ou seja, às disposições espontaneamente harmonizadas com essa ordem que as impõe.

A força simbólica é uma forma de poder que se exerce sobre os corpos, diretamente, e como que por magia, sem qualquer coação física; mas essa magia só atua com o apoio de predisposições colocadas, como molas propulsoras, na zona mais profunda dos corpos. Se ela pode agir como uma macaco mecânico, isto é, com um gasto extremamente pequeno de energia, ela só consegue porque desencadeia disposições que o trabalho de inculcação e de incorporação realizou naqueles ou naquelas que, em virtude desse trabalho, se veem por elas capturados. Em outros termos, ela encontra suas condições de possibilidade e sua contrapartida econômica (no sentido mais amplo da palavra) no imenso trabalho prévio que é necessário para operar uma transformação duradoura dos corpos e produzir as disposições permanentes que ela desencadeia e desperta; ação transformadora ainda mais poderosa por se exercer, nos aspectos mais essenciais, de maneira invisível e insidiosa, através da insensível familiarização da experiência precoce e prolongada da interação permeadas pelas estruturas de dominação.

Pierre Bourdieu
1930 - 2002

9.3.24

Surveillance and risk

 

Potente e rápido EP F​ö​r Sverige, de Lastkaj 14.

Destaque para a temática da colagem pós-industrial e biopolítica. Hardcore de primeiríssima qualidade. 

Vill du verkligen leva i en patriotisk stat 
Som styrs av rasism, skrämselpropaganda och hat

Zine


Meus pais não me ensinaram 
a ser un cabron 
en un curral de cabras.

Dialética da escola-prisão


Não há "educador" que ensine os pirralhos a experimentar o processo de transformar Literatura em Street Art. Zine, então. Livre docência não faz parte do bico. Ler e "desenhar" é (sic!) coisa de gay. O senso-comum do pedabobo provinciano é terrível. Não há possibilidade de iniciar nada.

O professor tutelado pelo Estado passa a vida inteira poniendo notitas, colaborando com o sistema de punição e recompensa e matando o tempo. Os incompetentes treinados são maioria e dirigem escolas como agentes da SS, a garotada que não foi instruída a ter olhar crítico, sequer levanta a sobrancelha como forma de ceticismo. Novos consumidores de fetiches continuam a ser fabricados. Formar leitores não faz parte do processo educacional. Agora com as escolas militarizadas, os gêneros textuais não serão tema na sala de aula.

Guerra, racismo e outras paixões teológicas

Ao produzir efeitos públicos e políticos, a religião aumenta seu poder de destruição. O monoteísmo está lançando bombas sobre hospitais e assassinando todas as crianças palestinas.


Por que não me ufano


Brasil é uma sociedade, se assim podemos nomear, das paixões de almas rudes.

On Christian ignorance


infecting the world with neuroses.

Como as crianças são educadas na periferia dos ratinhos?

- Fazem-se preces a deuses.

Tv cachorro

Os pirralhinhos do sul estão supercarentes de referências críticas e de música com qualidade que contenha letras não míticas. A realidade não é a capinha do smilinguido, nóinha.


Terceiro mundo


Está custoso melhorar o discurso dos peões do boteco do ratinho. A sociedade de gente de letras se tornou uma utopia irrealizável na periferia do capitalismo. Não há possibilidade de formar leitores profissionais. Livraria não é ponto de cultura para o colonizado do terceiro mundo.

Mc Pedrinho

O brasileirinho não vai sair da quinta série.


Baile de favela


Brasileirinho, seja bonzinho e volta para o ensino médio. Só que a vida não é banco imobiliário. 

Na boa, pirralhada de pais pinguços e completamente alienados passaram o ano escolar inteiro lendo errado livro didático e a intelectualidade com o pedantismo de sempre ao querer dialogar com a xucrada cristã conceitos marxistas. Caralho, a aberração é cognitiva. Brasil jamais será moderno.

Brasileirinho, seja bonzinho, papai do céu está de olho, volta para o ensino médio e começa a reler o parágrafo da quinta série.

Politik


Kom så atar vi monstret
För pengar styr kursen
Och krig gynnar börsen
Än sen om vi går mot våran död

Listening to sweden punk:


Bombningsverksamheten går som en klocka.

Mulheres e ficção

 

Tentemos trazer à consciência o hitlerismo inconsciente que nos mantém embaixo. É o desejo de agressão; o desejo de dominar e escravizar. Mesmo na escuridão podemos ver como isso é feito. Podemos ver o esplendor que há nas vitrines das lojas; e há mulheres olhando; mulheres de unhas vermelhas e com os lábios vermelhos. Elas são escravas que estão tentando escravizar. Nós, se pudéssemos nos libertar da escravidão, libertaríamos da tirania dos homens. Os Hitlers são engendrados por escravos.

Virginia Woolf
1882 - 1941

Latifúndio da comunicação



Pulsão de morte

Para o braço direito do fundamentalista Tarcísio - veja bem os valores que os ratos da ralécracia estão transmitindo - um good cop teria de ter no currículo um mínimo de três homicídios.


Latifúndio da comunicação


Há um mundo subterrâneo sendo criado pelo WhatsApp.

8.3.24

Por que não me ufano

Os fascistas estão pautando as leis na periferia do capitalismo. A sociedade de gente letrada é uma utopia irrealizável.


Dialética da escola-prisão


A classe docente sequer forja a sua própria história. Os incompetentes treinados não são artífices virtuosos, são desorganizados e incapazes de elaborar um programa objetivo para formar jovens leitores e construir uma sociedade de gente de letras.

Dialética da escola-prisão


Por parte do que se convencionou chamar de classe docente, não há vontade alguma de tornar mais esclarecidos os carentes de leitura e os desorientados religiosos.

Por que não me ufano


Nem a experiência das escolas-prisões torna cético o brasileiro. Qualquer ilusão deixa o colonizado emocionado.

Pode esperar deitado ouvir os pirralhos de pais cristãos a falar com fundamentação. Não há estatuto epistemológico na constelação familiar do terceiro mundo.

O whatsapp é um aplicativo inútil. Não serve como instrumento democrático para moderar os abusos do Estado. Mas é uma ferramenta comunicativa para o estabelecimento da prostituição.

The real nazis run your schools


O brasileiro entra no que se convencionou chamar de educação para estragar com tudo. Até mesmo com o discurso fundamentado e analítico. Não precisa entrar em detalhes sobre pesquisa científica. Será raríssimo encontrar uma personagem na periferia a altura de Zaja ou mesmo alguém que consiga instruir uma criança à razão e aos direitos civis. Os efeitos da ideologia bolsonazista e de seu séquito, cujos comportamentos beiram a comédia e a tragédia, estão sendo corrosivos para a subjetividade do brasileiro. 


Quando começarão as aberturas de clubes de tiro nos entornos escolares?

São perguntas meramente retóricas.

Mas uma coisa está clara, o brasileiro não é afeito ao livro, à livraria, à prática de leitura. O brasileiro cristão é declaradamente fascista.

A sociedade de gente de letras é uma utopia irrealizável na periferia do capitalismo e os fascista continuam muito bem remunerados pelo Estado brasileiro.

Latifúndio da comunicação


No lugar do estatuto epistemológico os representantes fascistas. O delinquente que deveria ser assunto de polícia virou presidente da comissão de educação. O brasileiro é fascista.