30.9.24

Por que não me ufano


Os estados brasileiros foram transformados em empresas de um rosto apenas. A corrupção e o nepotismo são mais fáceis de serem administradas. Fecha-se apenas o balanço das despesas, dos cálculos, dos orçamentos para os grupos de interesse. A empresa na mão de um representante da elite do atraso serve para criar estatísticas que não condizem com a realidade, propagandas irreais (veja a educação), números absurdos para tapear o populacho carente de instrução que acredita absolutamente em tudo. A ideologia dominante é a meritocracia. Por outro lado, os subalternos, que competem entre si, trabalham apenas para melhorar a imagem do gestor. Ninguém ira mudar essa situação. Estão todos viciados nesse estilo de vida. É mais fácil fechar os olhos para a corrupção e o nepotismo e bajular os chefes do que lutar contra o que é ilegal e antiético. Os submissos estão confortáveis do jeito que está. Se possível apenas bateriam o ponto e passariam o dia mergulhados no celular. Não existe fórmula mágica mesmo para transformar as mentalidades dos primitivos com título de eleitor que não podem ouvir um falador de merda que saem em manada eleger. Ratinho pai construiu um império midiático se comportando feito um idiota, divulgando músicas que não enriquecem a linguagem de seus telespectadores e destilando um chorume que não para de escorrer de seus programas, e o povo, por outro lado, o considera um grande comunicador. Eis uma questão: como alguém pode ser grande sem um vocabulário rico? É assim que o Júnior chegou ao poder, com o apoio de um povo idiotizado e muito mal caráter que passou por um processo de condicionamento destruidor do sistema nervoso e da subjetividade. Nesse sentido, temos uma verdade, se ninguém está preocupado com o desenvolvimento de sua língua, obviamente, ninguém está preocupado em construir uma boa sociedade. Triunfa a plutocracia e a democracia é mera decoração lexical.