Em O teatro do Absurdo, de Martin Esslin, Ionesco nos dá uma ideia da dimensão do número cada vez maior de pessoas que ia aderindo a movimento fascista na Romênia. É notável a atualidade de sua argumentação:
Lembrei-me de que no curso de minha vida tenho ficado muito impressionado pelo que podemos chamar de correntes de opinião, sua rápida evolução, seu poder de contágio, que é o mesmo de uma epidemia de verdade. Repentinamente as pessoas se deixam invadir por uma nova religião, uma nova doutrina, um novo fanatismo. Em tais momentos testemunhamos uma verdadeira mutação mental.