9.1.25

Literary politics


Em meados dos anos 1970, EUA, emergiram novas editoras, pequenas casas editoriais, cujos editores eram amantes de livros e não proprietários de editoras comerciais que visavam apenas lucrar com o que estava na moda. Os editores alternativos tomavam suas decisões por amor estético, político e crítico.

Os estadunidenses conseguiram formar uma sociedade letrada, bem diferente da realidade brasileira. Na América existem muito mais livrarias preocupadas em vender literatura de qualidade do que na periferia iletrada do capitalismo.

O homem medíocre gosta somente de bunda, praias lotadas, confusão e barulho, boteco, falação de merda (e isso não tem fim) e é facilmente usado pela elite do atraso e, sobretudo, é potencialmente fascista. Esse homem se contentou com a estrutura subdesenvolvida das cidades brasileiras.

Nesse contexto, fica difícil ensinar filosofia, formar leitores e construir uma sociedade letrada. No Brasil, o antiintelectualismo evangélico triunfou. A mistificação e a ganância sobrepõem o intelecto e a gentileza. A alienação e o conformismo são ótimos travesseiros que engendram sonhos antimodernos.