O uso excessivo e constante do celular está prejudicando a saúde mental dos jovens, adultos e velhos. As pessoas estão mais burras, ansiosas e depressivas. A felicidade é um estado bem questionável na periferia do capitalismo. O desempenho cognitivo, que já era desastroso, recebeu suas últimas doses do emburrecimento. É a morte do pensamento decretada.
A cabeça subdesenvolvida, entupida de entulho nazista e pornografia, fica pulando de assuntos para outro sem parar, desorientada e distraída pelo algoritmo que nada enriquece. Os motivos são bem triviais e banais. Serve para passar o tempo de forma bem carente. A memória do colonizado está desnutrida, o raciocínio perdeu o vigor, a imaginação empobreceu.
A perda de concentração, a dificuldade de praticar a leitura, de elaborar questionamentos, em raciocinar profundamente, a ausência, enfim, do conteúdo intelectual, do lirismo, da narrativa, do argumento são alguns dos impactos na vida da mente do terceiro mundista cada vez mais fanático e barulhento. O usuário alienado da rede também se encontra mais irritado e, paradoxalmente, sonolento, com seríssimas dificuldades em produzir uma sentença na sua própria língua. A interação social está morta.