18.10.25

Porque não me ufano


Os trabalhadores precisam abrir uma outra saída, mas sem mistificações, sem mentiras teológicas, sem levantar arquiteturas da ilusão e colocando na ordem do dia a urgência de mudanças estruturais, de alternativas para podermos praticar outras atividades que não sejam a produção capitalista, a competição e o consumo puro e simples, para podermos desenvolver a consciência, o intelecto e o ambiente de camaradagem, possuir um circuito cultural, de conhecimento, para todos ter uma qualidade de vida, renda básica incondicional, moradia digna, nutrição de qualidade, porque esta armação de política de terra arrasada não nos oferece possibilidades; somente um lado prospera, somente um lado contém todos os privilégios, a trapaça atende apenas ao capital e aos bajuladores. Se não houver a perspectiva de uma mudança de paradigma, de estilo de vida, não haverá possibilidade de enfrentar os problemas que afligem a população, carência de complexos de cultura, por exemplo. Com a “esquerda institucionalizada” vê-se que não se pode contar, e a extrema-direita está prestes para voltar a surfar no desespero da classe trabalhadora. É o que está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos, que se declarou um país fascista. E é o que vai acontecer em 2026 no Brasil, que será muito pior.