I
A mui estimada e curiosa leitora deduz o quanto a sapiencia é o laboratório dos honorários. Quem me contou essa lorota semelhante a um aforisma foi o canário, que sobrevoava o conceito de mundo.
II
O tempo, sonolenta leitora, transforma-nos em árvores. E elas, conforme narra a lenda, guardam segredos de morte. Se a encantadora leitora observar nas entrelinhas encontrará dentro do tronco escuro e úmido cobras ratos escorpiões. E uma teia de aranha vegetada pela seiva.
III
Veja bem, leitora teimosa, não queira se desesperar sobre assuntos mundanos, discorrer sobre o seu jardim de inverno no qual jamais brotou um broto de jaz mim.
IV
A senhora regou com açúcar e afeto a esperança da última gota?
V
Os haikais caem no leve deslizar de folha de outono. Imagine a gulosa leitora de celulose quantos bichos de origami saem do papel...