17.8.15

febre aftosa


Me chegam imagens da manifestação de ontem. É cada uma que olha, heim: a raiva e o delírio urbano saíram de mãos dadas?

Enquanto uma parcela politizada da sociedade pede a desmilitarização da polícia, para ficarmos apenas em uma das pautas + democráticas do mundo, uma outra parcela - intitulada de ursinhos carinhosos - pede a volta da ditadura militar? O que esta turma desengajada anda destilando como "argumentação" é justamente a falta de argumentação. São preposições que nem meninos de cinco anos formulam, porque, quando não os estragam antes, meninos de cinco anos compõem cada narrativa de dar inveja ao leitor profissional.

Embora eu tenha dado boas risadas com a manifestação dominical, muito me preocupa como os "cidadãos de bens" agem frente ao vermelho. Alguém notou que eles rosnavam feito cães? Eu não posso acreditar que uma simples cor possa deixá-los assim.

Mas pelas imagens eu pude constatar o que eles "defendem". E para isto, digo: eu tenho medo, mas é um medo patético. Um medo que representa o mais absurdo quando essa parcela da sociedade se refere à segurança pública. 

Manifestações assim me dão sono, mas me deixam triste. É como se houvesse um ramo de senhoras sendo despolitizado por um menino alienado de dezesseis anos. Convenhamos, desse jeito faltou tocar Mc Pedrinho como carro chefe. Aí, o pacote do entretenimento estaria completo. 

Mas... peraí, dizem que na Capital Mc Pedrinho esteve ao vivo.