19.10.20

Onde estará o Balzac que nos dará a fisiologia do eleitor moderno?

Cartoon de Chappatte

Até consigo compreender alguma coisa no meio dessa tagarelice sem fundamentação conhecida como rede social. Mas que um deputado ou um senador ou um presidente da república ou qualquer um dos estranhos farsantes que reclamam uma função elegível, seja ela qual for, encontre um eleitor, ou seja, o mártir improvável que os alimente com o seu pão, que os vista com a sua lã, que os engorde com a sua carne e que os enriqueça com o seu dinheiro, com a única perspectiva de receber, em troca dessas prodigalidades, bastonadas na nuca, quando não se tratar de golpes de fuzil no peito, isso, na verdade, ultrapassa mesmo as noções mais pessimistas que até agora eu tinha concebido sobre a estupidez humana em geral e sobre a estupidez brasileira em particular, a pré-fabricada e hegemônica estupidez, oh! patriotas!