13.6.19

acumulação capitalista e golpe de 64


A ampla participação dos norte-americanos no desencadeamento do golpe de 64 não era realizado sem razão, pois era uma necessidade do capitalismo norte-americano em crise e que precisava aumentar a exploração internacional para compensar suas dificuldades de reprodução.

O golpe de 1964 foi produto da ofensiva capitalista realizada pelas potências imperialistas (principalmente os EUA) e, com o apoio da burguesia brasileira e outros setores, consegue produzir um amplo aparato repressivo e ao mesmo tempo desalojar do governo setores populistas e reformistas que tinham dificuldades em atacar diretamente os trabalhadores e aumentar o processo de exploração.

Desta forma, o discurso segundo o qual o golpe foi realizados para evitar a formação de uma "república sindicalista", para combater o comunismo ou a corrupção, não passa de pretexto visando justificar e legitimar um processo intensivo de repressão que vem possibilitar um processo igualmente intensivo de exploração, permitindo aumentar o processo de acumulação capitalista no Brasil para sustentar as necessidades da burguesia brasileira e a transferência de mais-valor para sustentar as necessidades dos países imperialistas, principalmente dos Estados Unidos. Em síntese, é a ascensão da luta operária e outros setores sociais que promoveu a necessidade de transição da democracia burguesa para a ditadura, pois somente esta possibilitaria a ampliação da taxa de exploração naquele contexto, o que era uma necessidade vital do capital neste período.