O povo brasileiro está acorrentado ao registro primário do mito religioso. É nessa categoria que os extremistas de direita sabem muito bem surfar, pois é a ideologia da sociedade hierarquizada, que caminha de volta a formação de milicias, orientada pelo pensamento magico e administrada pela coisa pública.
A versão cristã da revolta dos fracos e dos escravos contra os fortes e a produção de ideais castradores da caridade, da resignação e da abnegação apresentam-se, de acordo com a teoria nietzschiana do ressentimento, presos à relação de poder que o sistema burguês impôs a todo mundo.
Estamos anos luz longe de um modelo estético marxista de um discurso narrativo que une a experiência da vida diária a uma perspectiva realmente cognitiva, mapeadora, científica e modernizadora.