O caráter estamental da periferia do capitalismo continua com uma superestrutura colonial.
Para continuar desfrutando o prestígio e a autoridade da estrutura econômica colonial que ainda persiste na periferia, os representantes da elite do atraso tornaram gestores, ou seja, empreendedores econômicos. O Estado brasileiro é apenas um balcão de negócios. Não há ideais.
As ordenações estatais são simples existências de dominação patriarcal. Os funcionários patrimoniais usam o Estado para tirar vantagens de sua posição: o aparelho estatal é apenas usado para a exploração lucrativa.
Organização e distribuição do poder na sociedade brasileira também continua colonial. O papel na distribuição do poder e na auferição das vantagens econômicas são extremamente desiguais. O que caracteriza a estrutura de poder sob monopólio de um grupo: estatal-patrimonial. E a sociedade brasileira permite que os fascistas desfrutem de posição vantajosa na estrutura social e do poder.
Sem o Estado a vigência dos mitos e preconceitos deixariam de existir.
