12.4.25

Por que não me ufano

Grande parte do anti-intelectualismo e irracionalismo nacional, subindo até os influencers que estão em moda e dizem apenas o senso-comum, é posto em marcha porque a classe dominante trabalha assiduamente contra o pensamento crítico e isso é notável até mesmo no discurso carola do ministro da educação (ao que tudo indica, o burguês não inicia uma frase ou termina um twitter sem deus). A experiência da linguagem do terceiro mundista não é dialética. No ramo que lhe seria mais próprio, bloqueia-se o acesso à consciência mais desenvolvida. Mistifica-se, não esclarece. Se depender da elite do poder a juventude não sairá nunca do mundinho do cursinho, da leiturinha didática, da escolinha formal. Infelizmente, o Brasil tem um sistema viciado na perpetuação das relações de poder, nas suas hierarquias caducas, na sua burocracia esclerosada e, principalmente, na sua desigualdade sócio-econômica abissal. Não há alternativa viável.