I
Livres pensadores, marxistas, ateus entre outros intelectuais marginalizados precisam de novos tipos de instituições, nichos ecológicos em que a criatividade e o pensamento radical sejam encorajados. As instituições educacionais são muito inertes, o capital intelectual transmitido aos jovens está sendo danoso, não forma leitores e muito menos militantes da teoria crítica. Novas ideias brilhantes e um clima de igualdade não irão florescer nas instituições do Estado e muito menos um processo de intercâmbio intelectual está a ser desenvolvido. Não há história sendo escrita, não há habitat intelectual construído. Tudo nos leva a considerar que a combinação de vigorosa atividade intelectual com uma atmosfera de camaradagem não existe e nunca existirá na periferia do capitalismo.