O Brasil é uma terra na qual fascistas e bandidos prosperam e os drogados se multiplicam feito ratos e pombos. A falta de cultura letrada faz com que as pessoas se droguem para preencher um vazio que não compreendem, alguma situação que causa desânimo, angústia ou desespero. Drogar-se também serve de compêndio à religião. Os habitantes primitivos estão sempre sem entender o próprio vazio (carência de instrução) e necessitam se drogar. O medo de descobrir que o seu lugar é uma merda na sociedade, que é na verdade o medo de ter consciência de seu lugar no mundo faz com que o pobre busque a "iluminação" na droga. E o impotente e carente de instrução necessita recorrer à magia da religião, da indústria cultural e do alucinógeno para pode dar um sentido a sua existência alienada. E mesmo assim não encontra sentido. A falta de estrutura costuma aprofundar essa condição.
Note como a grande maioria das pessoas do terceiro mundo não sabe se expressar com fundamento. Isso é fato, está nas redes, na boca dos influencers, na arena política. Falar sem pensar é uma atitude do pirado e a falta de cultura piora a vida do sedado, pior ainda para o pobre, porque o rico ignorante pode se drogar caminhando em Paris.
Todavia, seja rico ou seja pobre, drogar é um fenômeno dos que são culturalmente inseguros e muito ruins criativamente. Não é a toa que existem muitos jovens e adultos dopados na periferia do capitalismo, em todas as classes sociais. Mas o drogado ignorante desclassificado e pobre se torna uma peça descartável mais fácil ou um instrumento fundamental para os fascistas locais. No fim das contas, é uma crise cultural, as pessoas preferem se drogar a ler, por exemplo, a cultivar o jardim ou simplesmente a viver em harmonia. Construir uma boa sociedade não é mais viável.