A propaganda estatal não condiz com a realidade subdesenvolvida do brasileiro. Vejamos o caso da educação, que é assustador. Qual é o estímulo intelectual dos jovens? Quais são os debates e as conversas com fundamento que fazem parte do cotidiano do principiante? O sistema brasileiro não mantém seus estudantes livres de carências, distrações, muito pelo contrário. Os estudantes chegam ao ensino médio sem nenhum preparo. Muitos dormem de cansaço ou de tédio, desconhecem autores essenciais, morrem de preguiça ao praticar a leitura. Os firewalls da fé não são curiosos. O estudo, convenhamos, não é uma prática social importante para o terceiro mundista. E jamais será. E o sistema educativo que aprova todos em nome da imagem forjada de um Estado não distingue alunos diligentes dos negligentes. Alunos educados e inteligentes são muito raros de encontrar. O jovem brasileiro nada mais é que a lata de lixo da indústria cultural. Nem mesmo os pais se preocupam com a carreira acadêmica de seus filhos. Não são rigorosos e a sociedade brasileira não exige sabedoria mas mistificação.