7.4.25
The race for riches: the human cost of wealth
Architecture
Dance of the reed pipes
6.4.25
Utopian Lights
Nova velocidade, nova polarização
The international style: theme and variations 1925-65
A província neoliberal
5.4.25
Existe vida depois do Panóptico?
4.4.25
Por que não me ufano
É sempre bom lembrar que tradição marxista existiu na Europa. O Brasil não produz jovens intelectuais radicais que façam crescer a presença marxista e o interesse público por textos marxistas. Os jovens brasileiros são doutrinados no berço pela religião. Até chegar a passar os olhos em alguma linha de teoria marxiana a doutrinação monoteísta já transformou os pirralhos em firewalls da fé.
Note que conceitos do marxismo nunca passaram a estar presentes no discurso público dos estudantes e muito menos dos comunicadores de massa. E não somente nos meios de "formação de opinião", mas nas tomadas de decisões, no serviço público, na estrutura pública o marxismo jamais se firmou. As instituições ligadas à educação também não asseguram um terreno firme para o marxismo. Na periferia do capitalismo, o marxismo não tem chances alguma de um dia vir a ser uma forma dominante de concepção do mundo, pois não há base de apoio à sua difusão.
The industrial novels
Sociedade de classes e subdesenvolvimento
O trabalhador assalariado não dispõe de meios para tomar consciência dos fatores dos salários ínfimos e nem para forçar melhores níveis de participação da renda nacional. Fica à mercê de taxas de exploração excessivas, que flutuam ao arbítrio da “política salarial” das empresas e dos governos. Em síntese, a mercantilização do trabalho concorre apenas moderadamente para a mobilização do fator humano, muito pouco para a constituição de uma massa de consumidores de efetivo poder aquisitivo e quase nada para a introdução de tendências mais equitativas de distribuição de renda.
History and structure
Karl Marx a historian of totalities and messenger of humanism.
Not be depended of Karl Marx on to preserve privilege.
3.4.25
The discourse on language
Liquid love
Sinfonia
Por que não me ufano
2.4.25
Por que não me ufano
1.4.25
Sombra - uma parábola
Foi um ano de terror, e de sentimentos mais intensos que o terror. Sentimentos para os quais até hoje não se achou nome apropriado. Muitos prodígios e sinais haviam ocorrido; em toda parte, sobre mar e terra, a pestilência estendera suas asas negras. Para aqueles versados nos astros, não passara despercebido o aspecto mórbido dos céus. Para mim, Oinos, o grego, assim como para outros, era óbvio que ocorrera a alteração do ano 794 quando, à entrada de Áries, o planeta Júpiter põe-se em conjunção com o rubro anel do terrível Saturno. O espírito peculiar dos céus, se não me engano demais, evidenciava-se não só na órbita física da Terra, como também nas almas, nas imaginações, nas meditações da humanidade.
Ao redor de algumas garrafas de rubro vinho de Quios, entre as quatro paredes de um nobre vestíbulo numa cidade sombria chamada Ptolemais, estávamos sentados, um grupo de sete, à noite. Para nossa câmara não havia outra entrada além da alta porta de bronze, trabalhada pelo artífice Corinos. Fruto de hábil artesanato, fora aferrolhada por dentro. Cortinas negras ocultavam-nos a vista da lua, das estrelas lúridas, das ruas despovoadas, embora não excluíssem o pressentimento e a lembrança do flagelo. Havia coisas à nossa volta das quais não posso dar fiel testemunho - coisas materiais e espirituais - a atmosfera pesada - a sensação de sufocamento - ansiedade - e, sobretudo, aquela terrível condição de existência experimentada pelas pessoas nervosas, quando os sentidos estão vividamente aguçados e o poder da reflexão jaz adormecido. Um peso morto acabrunhava-nos. Oprimia nossos ombros, o mobiliário da sala, as taças de que bebíamos. Todas as coisas estavam opressas e prostradas; todas as coisas, exceto as sete lâmpadas de ferro a iluminar nossa orgia. Elevando-se em filetes de luz, queimavam pálidas e imóveis. No espelho que seu brilho formava sobre a mesa redonda de ébano, cada um de nós revia a palidez do próprio rosto, e um brilho inquieto nos olhos baixos dos demais. Mesmo assim, ríamos e nos alegrávamos de modo histérico; cantávamos as doidas canções de Anacreonte; bebíamos generosamente, embora o vinho nos recordasse o sangue. Pois, além de nós, havia outra pessoa na sala - o jovem Zoilo. Morto, deitado de comprido, ali jazia amortalhado - o gênio e o demônio da cena. Mas, ai, não participava de nossa alegria, salvo pela face, retorcida pela doença, e pelos olhos, nos quais a morte extinguira apenas a meio o fogo da pestilência, e que pareciam, face e olhos, ter por nossa diversão o mesmo interesse que têm os mortos pelas diversões dos prestes a morrer. Embora eu, Oinos, percebesse estarem os olhos do cadáver fixos e mim, ainda assim tentava ignorar-lhes a amargura e, contemplando firmemente as profundezas do espelho de ébano, cantava em voz alta e sonora as canções do filho de Teios. Aos poucos, porém, acabaram-se minhas canções, e os ecos, perdendo-se por entre os negros reposteiros da sala, enfraqueceram, tornaram-se indistintos, calaram-se de todo. Mas, ai, dos mesmos reposteiros dos quarto, estendeu-se em seguida sobre a superfície da porta de bronze. Mas a sombra era vaga, e sem forma, e indefinida, não era sombra de homem nem de deus - nem do deus da Grécia, nem do deus da Caldeia, nem de qualquer deus egípcio. E a sombra jazia sobre o bronzeo portal, sob a cornija arqueada, e não se movia, nem dizia palavra: permanecia imóvel e muda. E a porta sobre a qual jazia a sombra, sem bem me lembro, estava encostada aos pés do jovem Zoilo amortalhado. E nós, os sete ali reunidos, tendo visto a sombra sair de entre os reposteiros, não ousávamos encará-la; desviávamos os olhos, mirávamos fixamente as profundezas do espelho de ébano. Por fim, eu, Oinos, articulando algumas palavras surdas, indaguei da sombra qual era seu nome e morada. E a sombra respondeu:
- Eu sou a SOMBRA. Minha morada fica perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies de Helusion que bordejam o canal de Caronte.
E então nós, os sete, erguemo-nos de nossas cadeiras, horrorizados, trêmulos, enregelados, espavoridos. Porque o tom de voz da sombra não era o tom de voz de nenhum ser individual, mas de uma multidão de seres, e, variando de cadência, de sílaba para sílaba, ecoou confusamente aos nossos ouvidos, com os acentos familiares e inesquecíveis das vozes de milhares de amigos mortos.
I am a Baumanist!
These days
Liquid love
as marriage once was, a "natural condition" whose durability can be taken for granted short of certain extreme circumstances. It is a feature of the pure relationship that it can be terminated, more or less at will, by either partner at any particular point. For a relationship to stand a chance of lasting, commitment is necessary; yet anyone who commits herself without reservations risks great hurt in the future, should the relationship become dissolved.
The origins of totalitarism
31.3.25
Liquid love
Por que não me ufano
A era da descartabilidade
30.3.25
Liquid love
Liquid love
Love and capital
"O desprezo pela felicidade não é a condição do realismo; e a cruel miséria de Marx não nos deve fazer esquecer que Jenny von Westphalen era a mais bela jovem de Treves".
Dialética da família
Os conservadores têm tradicionalmente ignorado a formação da família e tentado abertamente enfraquecê-la alegando a superioridade patriarcal e as restrições colocada às filhas-fetiches impedindo a realização individual.
A princesa está proibida de conhecer demônio marxista, nenhum satã da revolta contaminará o sangue puro da minha raça privilegiada, ordena o chefe da família.
No seio da família tradicional não há tentativa de criar sociedades em outra base ou mesmo melhorar o que há por aí nas esquinas do subdesenvolvimento. É preciso manter as relações de poder e de assujeitamento, garantir o status quo. Para a bela da pequena burguesia conseguir se realizar na vida é necessário submeter-se à decisão do patriarca e reproduzir a relação de subalternidade com veneração. Nada se ganha abandonando o edredom da sagrada família. Nem mesmo uma vaga nalguma estrutura pública em ruínas.
29.3.25
Por que não me ufano
Dialética da família
Por que não me ufano
Dialética da família
Manifesto del partito comunista
28.3.25
Dialética da família
A família pequeno burguesa é um simples reflexo das relações de produção na sociedade capitalista. A monogamia é falsa e tem como real contrapartida a sua dupla moral: a da prostituição e do adultério para manter as relações de poder e o status quo.