A cidade contém: populações excedentárias, satélites da grande indústria, «serviços» de toda a espécie (dos melhores aos piores). Sem esquecer os aparelhos administrativos e políticos, os burocratas e os dirigentes, a burguesia e os seus séquitos. Por consequência, cidade e sociedade marcham lado a lado e confundem-se, visto que a cidade acolhe no seu seio, como «cidade capital», o próprio poder capitalista, o Estado. É neste quadro que se opera a repartição dos recursos da sociedade, prodigioso misto de sórdido cálculo e de insensato desperdício.
Interrogamos os textos em nome do presente e do possível, o que é precisamente o método de Marx e o que ele indica a fim de que o passado (acontecimentos e documentos) reviva e sirva o futuro.