21.9.25
O ódio ao intelectual
Porque não sou cristão
Os cristãos romantizam a miséria e exploram comercialmente os sofrimentos dos pobres, que são transformados em publicidade e utilizados em programas de auditório. É o culto à maldade. Não são o progresso e a razão que movem o cotidiano do subdesenvolvido mas a mentira, a alienação e a desumanidade. É possível verificar o aumento da crueldade em toda a periferia do capitalismo. O sonho das crianças é ser mafioso. E o fundamentalismo não supera esse estado de psicopatia, mas apenas lhe dá uma expressão irracional, uma justificativa injustificável (a penúria seria um teste divino) e líderes gananciosos a cada quatro anos.
Realisten und fundamentalisten
20.9.25
Héroes lectores: jóvenes que odiaban leer
Zen in the art of writing
19.9.25
Arbeit Macht Frei
Como todos sabem, essas eram as palavras escritas sobre o portão de entrada do campo de concentração de Auschwitz. Seu significado literal é "o trabalho liberta"; seu significado profundo é bem menos claro, só pode causar perplexidade e presta-se a algumas considerações.
O campo de concentração de Auschwitz foi criado razoavelmente tarde; foi concebido desde o início como campo de extermínio, não como campo de trabalho. Transformou-se em campo de trabalho só por volta de 1943 e apenas parcialmente e de modo acessório; portanto, creio que se deve excluir a possibilidade de que essa frase, na mente de quem a ditou, tenha sido entendida em seu sentido direto e com seu óbvio valor proverbial-moral.
É mais provável que tivesse significado irônico, que brotasse daquela veia humorística pesada, arrogante, sinistra, cujo segredo só os alemães têm e que só em alemão tem nome. Traduzida em linguagem explícita, ao que parece, ela deveria soar mais ou menos assim:
"O trabalho é humilhação e sofrimento, e não compete a nós, Herrenvolk, povo de senhores e heróis, mas a vós, inimigos do Terceiro Reich. A liberdade que vos espera é a morte."
Na realidade, e apesar de algumas aparências contrárias, o desconhecimento e o desprezo do valor moral do trabalho eram e são essenciais ao mito fascista em todas as suas formas. Por trás de todo militarismo, colonialismo, corporativismo está a vontade clara, por parte de uma classe, de desfrutar do trabalho alheio e, ao mesmo tempo, negar-lhe qualquer valor humano. Essa vontade já se mostra clara no aspecto antioperário que o fascismo italiano assumiu desde os primeiros anos e foi se afirmando com precisão cada vez maior na evolução do fascismo em sua versão alemã, até as maciças deportações para a Alemanha de trabalhadores provenientes de todos os países ocupados, mas atingiu o coroamento e também a redução ao absurdo no universo do campo de concentração.
Ao mesmo fim tende a exaltação da violência, esta também essencial ao fascismo: o cassetete, que logo assume valor simbólico, é o instrumento com que são incitados ao trabalho os animais de carga e tração.
O caráter experimental dos campos de concentração hoje é evidente e provoca intenso horror retrospectivo. Hoje sabemos que os campos de concentração alemães, tanto os de trabalho quanto os de extermínio, não eram, digamos, um subproduto de condições nacionais de emergência; não eram uma triste necessidade transitória, mas sim os primeiros e precoces rebentos da Nova Ordem. Na Nova Ordem, algumas raças humanas seriam extintas; outras como os eslavos em geral e os russos em especial, seriam subjugados e submetidas a um regime de degradação biológica precisamente estuado, para transformar seus indivíduos em bons animais de trabalho, analfabetos, sem qualquer iniciativa, incapazes de se rebelar e de criticar.
Portanto, os campos de concentração foram, substancialmente, "instalações-piloto", antecipações do futuro destinado à Europa nos planos nazistas. À luz dessas considerações, frases, como a de Auschwitz, "O trabalho liberta", ou como a de Buchenwald, "A cada um, o seu", assumem um significado preciso e sinistro. São antecipações das novas tábuas da Lei ditada pelo patrão ao escravo e válida só para este último.
Se o fascismo tivesse prevalecido, a Europa inteira estaria transformada num complexo sistema de campos de trabalho forçado e de extermínio, e tais palavras, cinicamente edificantes, seriam lidas na porta de entrada de todas as fábricas e de todos os canteiros de obras.
Porque não me ufano
Porque não me ufano
16.9.25
Gott ist tot
15.9.25
Porque não me ufano
Porque não me ufano
14.9.25
Breve historia de la sociedad injusta
[…] el principal factor desestabilizador está vinculado al hecho de que el índice de rendimiento privado del capital puede ser muy superior, y por mucho tiempo, al índice de crecimiento de la renta y del producto. La desigualdad entre el rendimiento del capital y el crecimiento de la renta y del producto implica que los patrimonios heredados del pasado se recapitalizan a un ritmo superior al ritmo del crecimiento de la producción y de los salarios.
13.9.25
Porque não me ufano
Quando Hitler rubò il coniglio rosa
12.9.25
Communism & Transition
Charlie Kirk died because of South Park
You are bound. Leviticus 317 says it now be a perpetual statues for you generations throughout all your dwellings. So you can shut up, baby. You just hate America and you love abortions.
Por que não me ufano
11.9.25
The big lie
10.9.25
Marx beyond Marx
All Marxists categories of communism. Marxist categories are not only permeated by a permanent and irreducible duality, but this duality appears in the form of antagonism, and that antagonism in the form reversal. To make use of Marxist categories means to push them to this necessary reversal, to allow oneself to be pushed to this incredible experience. Marxist categories are subversive categories; categories that emerge from the process of subversion. The categories are taken in the logic of the antagonitic tendency whose development is made up of successive displacements of the system of categories.
Materialist logic - in so far as it is adequate to grasp the real - is rich with the power (potenza) of creation of the real, of the class struggle. Communism is only concept from the point of view of method, in so far as it remains a dynamic term of transformation.
Communism appears as the concept of the overthrow of work, of its substraction from command. That which seems the conclusion of a process - the constitution of social production - has as its only effect to produce another, the social liberation of the subject. The subject thus begins to constitute itself.
The subject is able to develop itself, to liberate itself from the relations of production in so far as it liberates them and dominates them. The self-valorization of the proletarian subject, contrarily to capitalist valorization, takes the form of auto-determination in its development.
Communism has the form of subjectivity. Communism is a constituting praxis. There is no part of capital that is not destroyed by the impetuous development of the new subject. This subject shows such a power of subjective upheaval that all the vestiges of the old order are carried away. The transition is a constituting process in the fullest sense, which is based entirely on that space defined by the most radical alternatives. Marx beyond Marx. Beyond vulgar determinism. Beyond all hypothesis implying homogeneity.
The capitalist inversion, with alienation, plays not only on distribution but finds itself at the foundation of the mode of production: the inversion of the inversion reaches this foundation.
The revolutionary subject emerges from the relatin with capital at this stage. The inversion that this - the subject - operates against capital is an operation which is not even any longer a reappropriation. Reappopriation is a term which becomes insufficient and ambiguou when there are new foundations.
Espectros
9.9.25
Por que não me ufano
8.9.25
Marx beyond Marx
7.9.25
Porque não me ufano
Latifúndio da comunicação
Teocracia
Porque não me ufano
Conselho aos trabalhadores
Mini galeria de pergunta meramente retórica
Por que será que não há livrarias marxistas nos grotões do Paraná?
Paranazi
Paraná é um estado racista. A família paranaense não sabe educar os rebentos. A lei de perturbação do sossego não existe. Os delinquentes fazem o que querem a hora que querem. O comportamento dos adultos sem instrução beira o ridículo, não crescem nunca. Populacho provinciano não tem cultura. E quanto mais pobre, pior vai ficando os grotões subdesenvolvidos, mais espaço ganha a delinquência. Eu poderia subir na rede a vibração grosseira e as letras da bandidagem (no Paraná, os loteados se hostilizam diariamente numa guerra infantil de música bosta no ultimo volume, o que mais pode fazer o arruinado intelectualmente?), mas não quero perder o tempo com o que não me enriquece. É ruído de gente profundamente inculta e que nutre um ódio pelos acadêmicos, nada mais. São agentes provocadores do atraso, condicionados a engolir o lixo da indústria cultural e da falação de merda da arena político-religiosa, mas só aprenderam a latir. O delinquente fala como se estivesse cuspindo na buceta da própria mãe. Paraná está se mostrando realmente como é: um zoológico de animais.
Paranazi
6.9.25
Grundrisse
La máquina de escribir
En todas las mañanas de mi vida,
el tableteo audaz de mi olivetti,
ese ferrocarril de ortografía
en que viajo muy lejos de mí mismo
o retorno a los campos de la prosa
para reñir batallas en mi lengua
con todos los que mienten, los que gritan,
con los que escriben en feroz tanqueta
para no decir nada y meter miedo.
Vieja olivetti verde, azul o negra,
escalinata alegre de las letras,
sobre esta escalinata, una mañana,
me encontrarán tendido, no vencido.
Libros, papeles, cosas y poemas
han salido y saldrán de este cacharro.
Pavonado revólver de mi prosa,
sus muecas son ministros fusilados,
canto de codorniz, canto de urraca,
como las que ahora pueblan el jardín.
Alegría y salud, mi vieja máquina
me regala un estilo, una escritura
y las gentes se paran para verlo.
5.9.25
Communism & transition
О́бщество безбо́жников
4.9.25
Porque não me ufano
Teocracia
É difícil determinar exatamente quem tem sido o disseminador de frases falsas sobre o ateísmo: os pastores incultos e histéricos, os militantes iletrados, a malta de analfabetos secundários ou os departamentos do estado. Todas as forças reacionárias se uniram em um clamor de preconceitos religiosos contra os ateus.