28.6.25
Coke #1
26.6.25
My teaching
Porque não me ufano
Basic Income
Epistemologia marxista
Indústria cultural
Há toda uma "literatura" que não entra no campo da crítica, romances para mocinhas, textos de autoajuda e livros de teologia e assim por diante, alguns assustadoramente mal escritos e totalmente desonestos. É todo um embrulho que sustenta mitos e a propaganda antimarxista. Trata-se de fato de um verdadeiro senso comum institucionalizado, com conteúdo acrítico e sua moral maniqueísta. O grosso desse público tem origem pequeno-burguesa pobre e mais ou menos rica, atinge os quadros do funcionalismo público, são os analfabetos secundários com diploma, o proletariado de colarinho branco associado a uma fração de ricos ociosos que nunca trabalharam. O objetivo essencial desse artifício é evidentemente a desinformação e a mistificação.
25.6.25
Algo novo na crítica
Porque não me ufano
Porque não me ufano
No Brasil, o exercício da pedagogia clássica não é uma tradição. A explicação do texto está desaparecendo do cotidiano da escola e nunca esteve presente no cotidiano doméstico. A análise sobre a linguagem e concomitantemente a sua crítica, bem como seu comentário filológico não são práticas sociais do terceiro mundista, basta tomar como exemplo as letras das músicas dominantes e os posts das redes sociais com mais curtidas.
História ou psykhé
Tendenzroman
24.6.25
Porque não me ufano
Não há possibilidade da noção de cultura de massa se mostrar positiva, pois ela se opõe à cultura letrada e significa vulgarização, muito pouco franca e está desprovida de ética; a intenção de escamotear os conflitos reais da sociedade capitalista, como por exemplo a alienação e a reificação, é seu maior objetivo. Ela não é um meio de integração das pessoas à sociedade moderna (no sentido de lugar protegido do imprevisto e da desigualdade socioeconômica) e muito menos destinada a constituir uma nova linguagem humana, uma nova cultura.
There will come soft rains
On bullshit
23.6.25
Porque não me ufano
Zombie central
Plutocracia
The ballad of reading goal
And some when they are old;
Some strangle with the hands of Lust,
Some with the hands of gold:
The kindest use a knife, because
The dead so soon grow cold.
Some love too little, some too long,
Some sell, and others buy;
Some do the deed with many tears,
And some without a sigh:
For each man kills the thing he loves,
Yet each man does not die.
On a day of dark disgrace,
Nor have a noose about his neck,
Nor a cloth upon his face,
Nor drop feet foremost through the floor
Into an empty place.
Sagrada família
22.6.25
The soul of man under Socialism
21.6.25
Ópio do povo
O que desejam o burguês, o camponês, o proletário urbano precarizado e as aberrações da classe média do terceiro mundo é a mesma e única saída, o entorpecimento das drogas legais e ilegais do mercado capitalista. Uma versão moderna, desesperada e alienada de fugir ao eu massificado, a criatura anônima angustiada e frustrada que busca o prazer superficial e fugaz: a hipnose diante da televisão, aspirar uma carreira de cocaína, beber para destruir o fígado ou ficar inconsciente diante do celular ouvindo podcasts, youtubers ao mesmo tempo que bisbilhotam redes sociais, acessam vídeos pornôs, leem twitters de cabos eleitorais da milícia fascista, passando de um conteúdo a outro sem nenhum critério até ter um avc, morrendo aos poucos, sem aprender basicamente nada de relevante. Ficar entorpecido é necessário na sociedade cristã ultracompetitiva, preconceituosa, desorganizada, miserável e, sobretudo, sem objetividade, pois onde encontrá-la nesta federação subdesenvolvida e estúpida saturada de ilusões, senso comuns, desigualdades e mentiras?
Porque não me ufano
20.6.25
Irracionalidade política ou ignorância sagrada
Underdevelopment and development
19.6.25
No future
Mini galeria de perguntas meramente retóricas
Por que o "povo brasileiro" não desenvolveu uma teoria revolucionária?
Les hommes se comportent comm'des porcs
Claraboia
Por que não me ufano
Marxist Department
Capital
18.6.25
Grundrisse
Mini galeria de perguntas meramente retóricas
As gerações sucessivas serão suficientemente inteligentes para solucionar os problemas do futuro (e o fascismo que está se consolidando na estrutura pública) por si mesmas?
17.6.25
Estrutura da vida cotidiana
Porque não me ufano
Álcool, a droga por excelência
Juridicamente, no plano das substâncias tóxicas, o álcool desfruta, no Ocidente, de uma espécie de status monoteísta, o deus único, diante do qual todos os demais devem desaparecer. É o único tóxico não apenas permitido mas de uso estimulado em escalas nunca vistas. Boa parte da publicidade está voltada para o estímulo ao uso de álcool. Seus efeitos são associados a todas as situações prazenteiras da vida, o encontro amoroso, os ritos de amizade, o fim do trabalho, o domingo, o lazer, o feriado, todos os eventos cerimoniosos, tanto na área pública como na privada, consistem num coquetel, isto é, numa reunião onde, sobretudo, vai se tomar álcool, o tóxico dominante. Nenhum tóxico está cercado de uma aura mitológica tão grande: as técnicas ancestrais para obtenção de vinhos, champanhes e conhaques; a linhagem nobre das vodkas eslavas; os rigorosos rituais para a produção dos verdadeiros whiskies escoceses; a pureza caipira da cachaça de alambique e o legítimo lúpulo das cervejas.
Não importa que o álcool seja, evidentemente, o tóxico mais responsável por crimes, principalmente interpessoais, assassinatos inexplicáveis, agressão gratuita, acessos de vandalismo, que os jornais noticiam diariamente. Boa parte da publicidade impressa ou televisada dos anos 1970 foi dedicada ao estímulo do uso de álcool e cigarro. Milhões de pessoas no mundo todo, hoje, vivem na faixa crepuscular entre o alcoolismo social e a dependência irremediável. A faixa etária do alcoolismo baixa sensivelmente. Começa-se a beber cada vez mais cedo. Caem os tabus: as mulheres passam a beber como os homens, "normalmente".
Essa hegemonia do álcool como tóxico não deve apenas à tradição.
Alguns dos efeitos do álcool correspondem a estados altamente valorizados pela civilização industrial e urbana: o dinamismo, a pronta iniciativa, o otimismo quanto aos resultados. Hemingway, um alcoólatra, costuma dizer que o álcool é a droga do homem em ação. Até o terceiro copo, ele tinha toda a razão. Foi por esse motivo que o movimento hippie dos anos 1960 repeliu e recusou o álcool, a droga dos "caretas", dos enquadrados no sistema, dos homens-máquinas produtores de mais-valia.
A volta do álcool no anos 1970 diz mais sobre essa década do que longos tratados.
Com o álcool, porém, generalizou-se o uso do seu irmão proibido, a cocaína, sobretudo inalada. Ao que consta, os efeitos da cocaína guardam acentuados parentescos com a ação do álcool. Desinibição instantânea. Autoconfiança artificial e até temerária. Megalomania. Extroversão eufórica. Não admira: os quadros clínicos da cocaína são sempre duplos, cocaína e alcoolismo.
Com o álcool, a cocaína tem sobretudo a propriedade de ser perfeitamente compatível com a vida urbana e o mundo dos negócios.
Ao contrário da maconha e do LSD, a cocaína, parece, não proporciona mundos fantásticos nem estados "irreais". É uma droga que acentua e agudiza o senso do aqui e do agora. Sobretudo, não destrói o rigor social da vivência do tempo, é uma droga que não briga com o relógio.
A generalização do uso da cocaína inalada alastrou-se pelos anos 1970 e só fez crescer na década seguinte. Hoje, seu uso atingiu um volume que chega a mobilizar unidades do exército norte-americano para a destruição de suas fontes de produção, na Bolívia e no Peru.
A história da cocaína é a história da ascensão social de uma substância.
O pó cristalino que o Ocidente elegante aspira sob nome de cocaína é o extremo resultado de um processo que começa nas folhas da coca, planta que os índios da área andina mascam há milênios para cortar a fome, tirar o sono e multiplicar as energias. Na origem, a coca é a droga de trabalhadores miseráveis, esfaimados, mal-nutridos, obrigados a tarefas desumanas como o trabalho nas minas, durante dez horas contínuas, ou mais. A origem escravo-obreira da cocaína diz tudo sobre a natureza. É uma droga energética, não fantástica, não utópica, a droga do aqui e do agora. Sem dúvida, com o álcool.
16.6.25
O que é o socialismo?
Porque não me ufano
15.6.25
Listen and get ready, Red Army!
Youth League
An Address to the Citizens of Russia
Liquidation of Illiteracy
14.6.25
Dystopia: a natural history
Ape and Essence
No future
The Emperor of Ice-Cream
A revisão em crise
A dissertação em crise
12.6.25
O futuro da escrita
11.6.25
Micrômegas: uma história filosófica
Omo sanza lettere
O brasileiro não usa a escrita para explorar o mundo, os seus segredos e muito menos usa o saber para dar formas às suas fantasias, às suas emoções, às suas frustrações e aos seus rancores. Seu relacionamento com a escrita é de menosprezo. A cultura letrada não tem espaço na periferia dominada por "formadores de opinião" incultos.